O medo é um daqueles males necessários,não os patológicos que habitam os transtornos de panico,mas os que nos protegem dos perigos.Nós humanos nascemos regidos pelos medos,atrevo-me a dizer que passamos nosso período gestacional sob o domínio do medo,sim ,os medos de nossas mães que fantasiam que seremos portadores de algo terrível ,ou ela não irá nos ver crescer.Com o nosso nascer e durante todo o processo de crescimento somos apresentados a diferentes medos,o medo do abandono,tanto o fantasioso ,quanto do abandono real,o medo do escuro e do bicho papão. Em cada fase de nossa vida ,o medo vai ganhando novas roupagens e vamos dando-lhe força a medida que deixamos de vence-lo e elabora-lo.Ganhasse ai um novo amiguinho imaginário que será nossa companhia nos momentos de fragilidade ,ou quando não possuímos alta tolerância as frustrações.Nosso cérebro é um órgão peculiar,com tantas ramificações e composições químicas,ele muitas vezes acaba por se tornar nossa droga mortal,pois é ele que armazena não só nossas lembranças e produções oníricas,como também é fiel depositário dos nossos medos,e por vezes nos leva ao abismo existencial. Precisamos aprender desde muito cedo a identificar nossos medos reais e fantasiosos,para que esses não minem nossa evolução e nos crie o mal habito de projetar no outro nossas questões mal resolvidas.Assim sendo,teremos uma existência mais saudável e muito menos obscura e habitada por fantasmas que não conseguimos exorcizar.
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