sábado, 1 de novembro de 2008

Sábado é dia de que?

Como dizia o poeta Vinicius de Moraes: (...) Há um renovar-se de esperanças Porque hoje é sábado Há uma profunda discordância Porque hoje é sábado (...). Interessantes sensações surgem em determinados dias da semana, na segunda-feira, há certa lerdeza por que saímos do domingo, na quarta-feira reza a lenta e a cultura popular que é o dia do “sofá”,chega à sexta-feira e uma mágica se faz,aflora desejos, comete-se pecados e bebemos sem moderação, mas e o sábado? Bem o sábado é o dia do acordar mais tarde, ressacados pelo excesso de álcool ou pela velha ressaca moral, conseqüência de excessivos pecados mundanos. Verdades ou mentiras o certo é que não importa o dia, a semana, o mês ou o ano, importa mesmo o que estamos fazendo com a nossa existência, com quem escolhemos para nos relacionar, seja, sexualmente, afetivamente ou relações de amizade. Humanos que somos vivemos em busca de grandes explicações e deixamos de olhar a essência do que nos cerca. Por falar em essência, estava eu teclando no MSN com um amigo, e verbalizei que havia dado zoom na sua foto de perfil para melhor observa-lo, interessante o que é mobilizado quando percebemos que alguém nos observa, não com olhares desejosos, mas com o puro intuito de desvendar. Não há um humano (homem) sequer que se sinta confortável ao saber que esta sendo desecado por outro humano (mulher), por que há ai, um certo temor de serem descobertos,descobertos em suas mentiras,verdades,medos,fragilidades e inseguranças,buscamos eternamente construir uma imagem que nem sempre corresponde ao nosso ser real,é o que chamamos na psicologia de “distorção da auto imagem”,uma forma de negarmos o que não aceitamos em nós,ou o que tememos,como nossos impulsos. Não raro encontrarmos pessoas que se utilizam dessa defesa, para suportar seu verdadeiro “eu”, um comportamento inconsciente que muitas vezes prejudica as relações interpessoais. No mundo virtual são muito comuns os perfis fakes, que nada mais são do que pessoas usando essa ferramenta tecnológica para darem asas aos seus fantasmas, a mente humana é um imenso labirinto com muitos minotauros, e às vezes esses querem achar a saída e se materializam em comportamentos nem sempre ortodoxos. Para finalizar, continuando com os devaneios sobre o sábado, diz aquela música do Cidade Negra: “Todo mundo espera alguma coisa de um sábado à noite Bem no fundo todo mundo quer zoar Todo mundo sonha ter uma vida da boa. Sábado à noite tudo pode mudar”.E em nome dessas supostas mudanças seguimos nós, buscando razões e justificativas para os nossos comportamentos,conceitos e valores,que formam a tão aclamada essência humana.

Sexualidade X Sexo

Quando pensamos em sexualidade, logo a ligamos ao sexo, mas há uma diferença sutil entre esses conceitos. Sexualidade esta ligada as sensações, emoções e sentimentos referentes à nossa libido (libido vem do latim, e quer dizer: “desejo violento ou luxúria)”, já para a psicanálise criada por Freud, é a energia motriz dos instintos ou pulsões de vida. O sexo é a pratica do ato em si, seja ele por prazer ou procriação, ainda assim praticado em alguns seguimentos religiosos. Em tempos de globalização e igualdades dos gêneros sexuais, ou seja, homens e mulheres, o sexo virou bandeira de campanhas publicitárias e de políticas de saúde publica. Sexo pode ser do bom ou do ruim, seguro, moralmente aprovado ou um pecado mortal, depravado ou patológico. O certo é que o sexo como ato em si, é a expressão maior dos nossos desejos, do nosso tesão, de fantasias e imaginação, o ideal é poder unir sexo e sexualidade, onde o prazer certamente nos levará a orgasmos e êxtase. Sou a favor de que toda forma de amor vale a pena, mas fazer sexo é igual a fazer amor? Para mim sexo é sexo, amor é amor, ou seja, sexo é instinto, e a demonstração pura da nossa primitividade, é um momento que nos desnudamos não só das vestes, mas de todos os nossos pré conceitos, onde deixamos nosso corpo nos guiar, a entrega é total e recíproca. Como diz Rita Lee: “Amor é cristão, sexo é pagão...”. Brinco com meus amigos que fazer sexo é homenagear Bacco e Calígula,suas festas mundanas e despudoradas.Fomos educados por nossas mães que desconheciam o orgasmo e por décadas nos mulheres acreditamos que o prazer era uma exclusividade masculina,que nosso papel se restringia a ser o deposito do sêmen de nossos maridos e gerar o fruto que confirmaria sua continuidade. Felizmente evoluímos, e hoje muitas mulheres já escolhem com quem irão fazer sexo, e podem revelar sem pudor que possuem orgasmos múltiplos, não sou uma feminista ferrenha, mas defendo o direito da mulher em ser predadora, de poder expressar sua sexualidade sem ser rotulada de: “Maria Madalena, messalina ou mulher da vida”, claro que apesar de toda a evolução da raça humana, muitos homens ainda caracterizam a mulher em: “a para casar e a para gozar”. E nós mulheres, como classificamos os homens? Eu os classifico como potentes e impotentes, não só no que se refere à virilidade, mas na forma como tratam as mulheres, passou o tempo, onde um primitivo nos puxava pelos cabelos e nos levava para a caverna, hoje tudo mudou. Nos mulheres que escolhemos como, onde e com quem queremos fazer sexo, e pasmem muitos homens se assustam. Então agora já sabemos o que difere sexualidade de sexo, mas o bom mesmo é poder expressar nosso tesão, não só no sexo, mas na forma como vivemos a nossa vida.Mulheres e homens,vamos unir as forças,pois nesse jogo o melhor resultado é o empate.