sábado, 10 de julho de 2010

Escravizado nas Teórias de Liberdade....

Madrugada de sábado, frio por aqui, costumo escrever meus post de forma clara e objetiva, e nunca direcionada a alguém especificamente, por que creio que devo sempre preservar o outro. Confesso, no entanto que às vezes não é tarefa fácil o não “chutar o balde”

Com certeza muitos que assiduamente lêem meu blog, devem estar se perguntando por que tenho postado textos com o enfoque no comportamento humano, a resposta é muito simples, por que sou humana e como todos da minha espécie também sofro decepções com os meus pares de iguais.

Como estudiosa do comportamento humano, ossos da minha profissão tenho consciência que projetamos sim um ser idealizado, porém em contra partida se eu como psicóloga só olhar quem comigo se relaciona de forma clinica, serei eu um ser totalmente solitário. Por este motivo, sempre deixo distante da minha vida particular meu olhar psicológico.

Estou passando por um momento de transição, saindo de um relacionamento onde investi tempo, energia, afeto, cumplicidade, disponibilidade e pasmem fidelidade. Para encarar um relacionamento puramente “Macho e Fêmea”, tarefa que confesso ser bastante árdua, onde é preciso investir muita energia psíquica.

Vale à pena? Plagiando “Pessoa”: tudo vale à pena, se a alma não é pequena. O que não vale à pena é o banalizar pessoas e não assumir nossa condição de pobreza de sentimentos, de possuir a insana dificuldade de doar-se ao outro por medo de cair nas convenções e deixar claro que certas teorias sobre liberdade são na verdade uma mera forma de esconder a incapacidade emocional. Seja esta por falta de recursos egoicos ou a total desconsideração pelo outro.

Mas ainda é só madrugada, afinal é sábado, onde todo mundo espera alguma coisa .Antes de encerrar, o post de hoje tem destinatário, mesmo não citando nomes com certeza ele irá reconhecer-se nestas linhas.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Desvalorização do Afeto Humano......

Quinta-feira, o calor que se fez presente nos últimos dias se despede,deixando em seu lugar as chuvas e a baixa temperatura em terras gaucha. Coisas do sul e dos caprichos da natureza.

O Brasil, sempre produzindo crimes, o da vez é o envolvendo o goleiro Bruno do Flamengo e sua ex-namorada, a policia brasileira, parece ter desvendado o passo a passo deste assassinato.

Passam-se séculos e os crimes passionais não sai de moda, talvez a passionalidade seja a linha tênue que separa a sanidade da loucura, aqueles segundos em que se perde a noção dos conceitos e valores morais e nos tornamos apenas instinto.

Qual humano que por um segundo em sua existência não cometeu atos insanos, que quando olhados de fora para dentro parece ser cena de filme de Almodóvar, com traços bem surreais e com requintes de loucura incurável. Muitos de nós com certeza, mesmo que apenas em pensamento.

Estamos meio que perdidos, buscamos o ter, sem o dar, como se a vida fosse apenas uma via de mão única, já não há espaço para trocas, as relações unilaterais parecem prevalecer. Há uma grande facilidade em se reciclar sentimentos, afetos e pessoas, descartamos de nossas vidas como quem escova os dentes todas as manhãs, um ato rotineiro e banal.

Mas esquecemos um pequeno detalhe, não teremos o vigor da juventude para sempre, nossos olhos perderão o brilho, nossa pele a elasticidade, nossa libido será esquecida ou absorvida pelas doenças do envelhecer e olharemos para o lado e veremos as imagens de todas aquelas pessoas que nos amaram e descartamos em nome do não apegar-se, do não criar vínculos, para não perdermos a tal liberdade.

Seremos se não mudarmos nosso olhar sobre o outro, um grande exercito de solitários, buscando desesperadamente um pouco de tudo que jogamos fora em nome do ser autônomo, pegador. Lamento profundamente o egoísmo humano, por que sei que o preço cobrado será impagável .

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Madrugada, Sons e Devaneios.....

Madrugada de quarta-feira( dia do sofá), que estranhos e instigantes são os sons da noite, parecem que querem brincar com nossa imaginação. Tentei dormir, mas meu cérebro não desliga e fico a embalar meus fantasmas mais íntimos.

Em uma conversa informal ontem com um amigo de além mar, ficou-me a tilintar na cabeça uma frase que ele disse, mais ou menos assim: “Há pessoas que não estão preparadas para dar, mas isso não é o pior, pior que também não estão preparadas para receber”.

Fiquei aqui remoendo esta frase, e dei-me conta do quão verdadeiro ela é, pois há sim pessoas assim, que em nome de crenças, dogmas, preceitos e preconceitos, levantam a bandeira do não convencional, da liberdade de ação, e por ai vai. E se esquecem que quando damos espaço para que outro adentre em nossas vidas e dela partilhem, o mínimo é o aceitar do que nos é oferecido, já que reside em nós o não saber dar.

Não canso de dizer o quanto desestruturadas estão às relações humanas, o quanto se banaliza o afeto, o sexo e a convivência com o outro. Estamos caminhando para um futuro (se houver um) com multidões de ermitões afetivos, enraizados em suas cavernas, usando o outro em nome da tal liberdade, e esquecendo-se que somos responsáveis sim por quem habita nossa existência.

Mas ainda é madrugada, foi dada a partida para a campanha política, e com a liberação da internet como meio de persuadir o eleitor, preparem-se para ver suas caixas de e-mail entupidas com propostas miraculosas e cheia de “boas” intenções. Por hora findo o devaneio e olho minha cama ao lado, na esperança que meu cérebro descubra que existe o sono REM.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Sensações de Segunda-feira !!!

Segunda-feira de sol por terras gaucha, já estamos no mês 07 do ano, tudo parece estar mais rápido, dinâmico e por conseqüência fugaz. A segunda-feira sempre chega com um certo sabor de ressaca, seja ela etílica ou moral, deve ser os resultados direto das nossas escolhas.

Acabou a copa do mundo de futebol para os brasileiros, hora de retomarmos as rotinas e ir à busca de novos olhares sobre a vida. Ano de eleições, logo estaremos diante das campanhas partidárias, e um novo rumo para supostas realizações.

As relações humanas caminham para aquela velha máxima da “lei de Gerson”, e quando buscamos fazer o diferente, sentimos aquela sensação de sermos um alienígena em espaço terreno.

Brigamos a vida toda pela tal reciprocidade nas relações, defendemos a bandeira da verdade e do relacionarem-se de forma adulta e real, e derepente nos deparamos com uma realidade diferente, resta-nos a sensação de frustração.

Sempre tive uma grande tolerância a frustrações, resultado de uma boa saúde mental, mas não há como ser indiferente quando nos sentimos traídos por quem teoricamente deveria nos proteger.

Mas quando percebemos isso, chegada à hora de mudanças, romperem elos insalubres e buscar a saúde em nossas relações. Só segunda-feira, ainda teremos muito a filosofar.