Madrugada de quinta-feira, ter a insônia como companheira às vezes não é tão ruim, afinal se estivesse dormindo não ouviria os sons da noite e o roncar dos meus fantasmas. Já falei aqui sobre minha péssima relação com o tal dormir, por vezes penso que deveria ter um manual que nos ensinasse os passos do sono.
Como não existe, ou eu não fui informada da sua existência, vou voltar ao caso da tal procuradora da justiça do estado do RJ, a senhora Vera Lúcia de Sant'Anna Gomes, 57anos. Que torturou, humilhou e violou a infância de uma menina de dois anos, que estava sob sua guarda.
Hoje com o decreto da sua prisão preventiva, a mídia publicou fotos (a foto ilustrativa deste post é de direito da TV Globo) da menina com as marcas da violência sofrida por esta senhora. O juiz entendeu que, se a deixasse solta a mesma usaria de subterfúgios e ameaças para dificultar as investigações.
Pois bem, há inúmeras perguntas que venho me fazendo ao longo da semana, desde que esta barbárie foi vinculada a mídia. Uma delas é: “Como este suposto ser humano obteve o direito de adoção”?” ou ainda, “Quem são os profissionais que a avaliaram e a consideraram apta a tal intento?”
Vamos combinar, que não apenas o código penal e a constituição devam ser revisados e modernizados, para que se adéqüe a esta nova sociedade contraventora. Mas os conselhos responsáveis por profissionais, não apenas cobrem anuidades vergonhosas, mas sim fiscalizem o trabalho oferecido por seus associados.
Quem sabe um dia teremos um país que seja feito e gerido por brasileiros conscientes da importância de uma infância amparada, não apenas por “bolsas tudo”, mas por famílias estruturadas, bem remuneradas e com acesso ao atendimento básico de saúde. E muito utopicamente, que um dia a saúde mental e a busca por psicoterapia, deixem de ser vista como coisa de "madame" ou de louco.
E enquanto noticias assim ainda nos chocarem, é por que ainda há possibilidades de evolução.
Nenhum comentário:
Postar um comentário