quarta-feira, 9 de junho de 2010

Hibernação Mental......

Dias e noites frias por terras gauchas, o inverno parece que chegou antecipado por aqui. Estação especial esta a do frio, ao contrário do verão, onde tudo e todos estão ou parecem mais disponíveis, mais avulsos, o inverno cria certo ar de quietude, de embotamentos e de pensamentos recorrentes.

Estranho eu estar aqui e não estar falando sobre as guerras, a política ou as desgraças mundiais? É sim, mas resolvi ousar, escrever sobre o que julgo estar sentindo e ao mesmo tempo tentar passar a idéia de que reconheço meu estado de hibernação mental.

Corremos dias, horas, minutos em busca do que sequer sabemos o que é, e esta busca inconformada pelas nossas projeções, esta nos deixando solitários, mesmo que em companhias de outro igual.

Aqui estou sozinha, na silenciosa companhia do meu cafezinho, cigarrinho e o único som que escuto é os das teclas do computador. Eu um ser hiperativo, cheio de idéias, planos e com uma personalidade que muitas vezes foge ao que se possa chamar de “normal”, me vejo refém de mim mesma. Isso não é bom, pois gera tão somente componentes explosivos, que confesso ser perigoso e nocivo.

Brinco com minhas limitações sejam elas de ir e vir, quanto às intelectuais. Sim, intelectuais, pois embora dotada de milhões de neurônios (ativos) às vezes ajo e reajo como alguém com seqüelas neuronais. Deve ser a tal maturidade, que nos faz retroceder e segurar a língua dentro da boca, como dizia minha sábia vovozinha.

Mas calma lá, eu estou dizendo que me sinto assim, mas que não sou assim. Portanto, aviso aos navegantes, o epicentro do perigo é exatamente este, o meu suposto conformismo.

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